Economia Alta do Dólar
Dólar em alta impacta diretamente a economia do Vale do Aço
Recorde da moeda pressiona o poder de compra, eleva custos de importação e afeta setores produtivos da região.
17/12/2024 17h00
Por: Redação

O dólar voltou a subir de forma acentuada nesta terça-feira (17), ultrapassando a marca dos R$ 6,20 e atingindo um patamar recorde. A valorização da moeda norte-americana traz reflexos diretos para a economia do Vale do Aço, região que depende de setores como indústria, comércio e exportações.

Impacto no comércio e na inflação local

A alta do dólar pressiona os preços de produtos essenciais, como alimentos, combustíveis e eletrônicos, que utilizam insumos importados em sua produção. Esse cenário compromete o poder de compra da população, afetando diretamente o comércio local.

Para a indústria da região, o câmbio valorizado traz um efeito duplo: por um lado, favorece as exportações, como as dos setores siderúrgico e de celulose, predominantes no Vale do Aço. Por outro, encarece a importação de máquinas, equipamentos e peças automotivas, aumentando os custos operacionais das empresas.

Continua após a publicidade

Turismo internacional cada vez mais inacessível

A disparada do dólar impacta também o turismo internacional, desanimando os moradores do Vale do Aço que planejavam viagens ao exterior. Com a moeda acima de R$ 6,20, despesas com passagens, hospedagem e compras em destinos populares, como os Estados Unidos, tornam-se significativamente mais altas.

Exportadores ganham, mas dependentes de importação sofrem

Empresas exportadoras da região, especialmente as ligadas à siderurgia, se beneficiam da alta do dólar ao receber pagamentos na moeda estrangeira, convertendo os valores em reais com um câmbio favorável. Em contrapartida, indústrias que dependem de insumos importados, como peças e equipamentos, enfrentam custos mais elevados, o que acaba sendo repassado ao consumidor final.

Juros altos limitam o consumo

Com o objetivo de conter a valorização do dólar e a pressão inflacionária, o Banco Central pode elevar novamente a taxa Selic, que já está em 12,25%. A alta dos juros torna empréstimos, financiamentos e o crédito mais caros, reduzindo o consumo, os investimentos e o poder de compra das famílias no Vale do Aço.

Desconfiança econômica e cenário fiscal

A valorização persistente do dólar é impulsionada pela desconfiança dos investidores em relação ao controle fiscal do país. O pacote de cortes de gastos apresentado pelo governo gerou dúvidas no mercado financeiro, e as intervenções do Banco Central têm mostrado pouco efeito sobre a volatilidade da moeda.

Continua após a publicidade

Diante desse cenário, a economia do Vale do Aço sente o impacto direto do dólar alto: enquanto exportadores ganham espaço, o aumento de custos para empresas e consumidores compromete o desenvolvimento da região.