A CPI da Covid ouve nesta quarta-feira (4) o o tenente-coronel da reserva Marcelo Blanco, ex-diretor do Ministério da Saúde. O depoimento pode ajudar a esclarecer quem está mentindo na história do suposto pedido de propina que teria partido da pasta em conversa com o representante da Davati Medical Supply Luíz Paulo Dominguetti.
Blanco estava no resturante no qual, segundo Dominguetti, o ex-diretor de a área de logística da Saúde Roberto Dias pediu US$ 1 por cada dose da vacina oferecida pela Davati.
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O pedido de depoimento de Blanco foi do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE).
O pedido de propina, de acordo com o policial militar, foi feito no dia 25 de fevereiro deste ano, em um jantar no restaurante Vasto, em um shopping em Brasília. Blanco apresentou Dominguetti a Roberto Dias nesse dia.
O ex-diretor Dias, que recebeu voz de prisão ao final de seu depoimento aos senadores no dia 7 de julho, afirmou, inicialmente, que seu encontro com Dominguetti e Blanco no restaurante em Brasília foi casual, mas depois assumiu — a partir de áudios exibidos na comissão — que o coronel sabia que ele estaria ali.
Já Cristiano Carvalho, que também se apresentou à CPI no dia 15 de julho como vendedor da Davati no Brasil, disse que Dominguetti usou o termo “comissionamento” quando se referiu à reunião onde teria sido feito o pedido de propina.
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