O Ministério da Saúde negou ter causado prejuízo ao estado de São Paulo na distribuição de vacinas contra a covid-19. Mais cedo, o governo paulista havia dito que recebeu metade das doses da Pfizer previstas pela gestão.
Segundo afirmou o secretário-executivo do ministério, Rodrigo Cruz, o envio é sempre definido em uma pauta entre o governo federal, as secretarias estaduais e as municipais, e que a última já era de conhecimento de todas as partes.
Cruz também disse que a pasta pretende que, uma vez terminada a imunização aos grupos prioritários, a distribuição ocorra de forma equânime.
“Agora, vai avançar de forma equânime para imunizar a população. Todos os estados se veem representados na discussão das pautas. Ela não é fechada pelo ministério; ela é proposta por nós, mas levada a discussão e pactuada, e aí sim é encaminhada. Não há de se falar em percentual fixo, porque avançamos na medida que avançamos no PNI”, afirmou o secretário em coletiva no início da noite desta quarta-feira (4).
O executivo disse ainda que já informou ao governo paulista que fará uma análise do pleito da gestão de João Doria (PSDB) e disse estar aberto para ouvir as reivindicações das secretarias estaduais e municipais de saúde.
Ao explicar que o Ministério da Saúde foca na equidade para distribuir as doses, a secretária extraordinária da pasta, Rosana Leite de Melo, disse que “não é justo que determinados municípios vacinem com uma disparidade grande de faixas etárias. Precisamos diminuir a disparidade”.
Melo deu uma segunda justificativa a respeito do ofício do governo de São Paulo, e afirmou haver uma compensação por parte do ministério.
“Como o Butantan é em São Paulo, eles podem fazer a retirada direta da Coronavac. São Paulo deveria receber 620 mil doses, mas retiraram 678 mil. Em outra pauta, foram retiradas 271 mil doses, mas deveriam receber 178 mil. Fizemos agora uma compensação”, disse ela.
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