O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-BA) encerrou nesta quinta-feira (12) abruptamente a sessão que ouve o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR). Irritado depois do parlamentar criticar o trabalho da comissão, Aziz desabafou e anunciou que Barros voltará à CPI, como convocado, e não como convidado (posição na qual ele depôs nesta quinta).
A diferença é que os convocados à CPI são obrigados por lei a falar a verdade no depoimento e também a responder todas as questões dos parlamentares.
O nome de Barros teria sido mencionado pelo presidente Jair Bolsonaro, segundo informou o deputado Luis Miranda (DEM-DF) em depoimento à CPI no final de junho.
Aos senadores, Miranda disse que o presidente desconfiava da atuação do deputado em torno das pressões no Ministério da Saúde em favor da vacina da empresa indiana Bharat Biotech.
Senadores também vão tentar esclarecer a relação de Barros com Francisco Maximiano, dono da Precisa Medicamentos, que teria intermediado a venda de vacinas da Covaxin para o Ministério da Saúde. Maximiano é sócio de outra empresa, a Global Gestão em Saúde, que intermediou contrato suspeito com o Ministério da Saúde, quando Barros chefiava a pasta. Ele foi ministro entre 2016 e 2018.
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