Após o encerramento da sessão da CPI da Covid, o deputado Ricardo Barros afirmou, em entrevista coletiva, que os argumentos dos membros da comissão não se sustentam e que vai continuar dando sua opinião sobre os trabalhos do grupo. "Se não querem ser contestados, não me chamem para a CPI", disse.
O presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), encerrou a sessão depois que o líder do governo Bolsonaro na Câmara criticou o trabalho da comissão. Aziz anunciou que Barros ainda voltará à CPI como convocado e não como convidado, posição na qual ele depôs nesta quinta-feira (12).
Ex-ministro da Saúde na gestão Michel Temer e um principais nomes do centrão, Barros foi chamado para esclarecer suspeitas de ilegalidades no processo de compra da vacina Covaxin. Na entrevista, o deputado disse que não houve corrupção, pois a compra do imunizante não foi efetivada.
"Todos os argumentos que usei estão aqui, eu estou documentado" afirmou. "O presidente já disse que não tem nada contra mim e me manteve líder do governo. A CPI quer falar de uma versão que não se sustenta. Eu não menti. Eles vão quebrar o meu sigilo e continuarão não achando nada."
Barros disse, ainda, que não pretende recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal) para garantir o direito de ficar calado. "Mas a CPI precisa respeitar as regras. Eu tenho imunidade parlamentar. E vou dar minha opinião sobre a comissão. Ou eles acham que vão me colocar numa cadeira para ficar ouvindo aquela narrativa mentirosa?"
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