O relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL), anunciou nesta quarta-feira (18) que o líder do Governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), passa a ser investigado pela comissão a partir de hoje.
Segundo Renan, Ricardo Barros será investigado por causa de suas relações com o Minsitério da Saúde e a empresa Precisa Medicamentos.
A informação foi dada pouco antes da abertura da sessão desta quarta, que ouve o advogado da Precisa, Túlio Silveira. Ele ajudou na intermediação da compra de imunizantes Covaxin entre o Ministério da Saúde e a Bharat Biotech.
O acordo acabou sendo cancelado após denúncias de irregularidades virem à tona por meio da denúncia do servidor Luís Ricardo Miranda e seu irmão, o deputado federal Luís Miranda (DEM-DF).
Barros esteve na CPI na semana passada, quando protagonizou inúmeros bate-bocas com os senadores da comissão. Na ocasião, ele negou qualquer relação em negociações e desmentiu ter relacionamento próximo com servidores da pasta e com a empresa que tentou trazer a Covaxin ao Brasil.
Ricardo Barros pede à PF que investigue vazamentos da CPI
O líder do Governo foi inicialmente convocado pela comissão como testemunha, mas a pedido do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a convocação foi convertida para um convite.
A sessão de quinta-feira terminou com uma ameaça do presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), que falou que iria chamá-lo novamente, mas já com o status de convocado.