Um dos grandes escândalos da época do mensalão chegou ao fim nesta semana após 16 anos. A Justiça Federal entendeu que o processo contra o deputado federal José Guimarães (PT-CE) e um assessor por envolvimento no episódio dos dólares na cueca foi prescrito.
Na época, um assessor do parlamentar foi preso no aeroporto de Congonhas com US$ 100 mil escondidos na cueca e mais R$ 209 mil em uma mala de mão. O episódio marcou um importante capítulo da política brasileira, em meio aos desdobramentos da investigação sobre o mensalão.
A decisão foi tomada pelo juiz Danilo Fontele Sampaio, da 11ª Vara Federal do Ceará. Segundo um trecho da decisão que livrou tanto o deputado quanto o assessor, o “lapso temporal” foi determinante na decisão.
“O lapso temporal decorrido desde o último ato indicado como parte das ações tidas como delituosas perpetradas, verifica-se o decurso de mais de 16 (dezesseis) anos sem que tenha sobrevindo qualquer causa interruptiva da prescrição”, diz um trecho da decisão.”
O caso estava nas mãos do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, declarou incompetência da Corte para jugar a ação.
Guimarães passa o fim de semana ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em caravana pelo Ceará.
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