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Cultura Minas Gerais

Codemge pretende ampliar uso do Centro de Cultura Presidente Itamar Franco

Equipamento completou oito anos em 2023. Estado mantém estudos frequentes para otimizar e democratizar utilização do espaço

21/03/2023 às 10h05
Por: Redação Fonte: Secom Minas Gerais
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Rkieferbaum / Wikimedia Commons
Rkieferbaum / Wikimedia Commons

O Centro de Cultura Presidente Itamar Franco, localizado a apenas um quarteirão do cruzamento das Avenidas Amazonas e Contorno, no bairro Barro Preto, em Belo Horizonte, é hoje um complexo que integra a Sala de Concertos Minas Gerais, TV Rede Minas e a Rádio Inconfidência , ambas integrantes da Empresa Mineira de Comunicação (EMC), e também o espaço Mineraria – Casa da Gastronomia. Há oito anos em atividade e com área de 41 mil metros quadrados, representa uma referência cultural e institucional para a cidade.

O secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) , Leônidas Oliveira, ressalta o papel do equipamento cultural. “Um espaço belíssimo e central na nossa capital e que também acolhe o estado de Minas Gerais e de fora por meio de grandes produções. O espaço, mesmo muito jovem, já tem importância fundamental no dia a dia da cultura de Minas Gerais. Um complexo de arte de todos nós", destaca.

A Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) é a atual responsável por administrar o espaço como um todo. Com o objetivo de fazer a gestão adequada do portfólio de ativos, é permanente a avaliação da companhia quanto ao melhor uso social e econômico para os empreendimentos. No caso do Centro de Cultura, tão estratégico cultural e institucionalmente, o potencial e a capacidade para receber mais eventos são sempre verificados, em análise pautada nos princípios de economicidade e eficiência. Estudos para otimizar e democratizar a utilização também são frequentes.

“Buscamos a sustentabilidade econômica do Centro de Cultura. A ideia é que o local consiga se manter economicamente. A companhia tem ótimos exemplos e sucesso na parceira junto ao setor privado, como é o caso do Expominas Belo Horizonte que, após a concessão realizada, teve um crescimento de 161% no volume de eventos realizados", destaca o diretor de Gestão de Ativos e Mercado da Codemge , Sérgio Lopes Cabral.

De acordo com o presidente da companhia, Thiago Toscano, há um desafio, hoje, quanto ao melhor aproveitamento do Complexo Cultural por parte da população. Pela análise dos números de hoje, entende-se que o quantitativo registrado de eventos e programações pode ser ampliado. E, em caso de baixa utilização do espaço, vale lembrar que a Codemge precisa fazer aportes, recursos que poderiam ser destinados ao Estado para aplicação em outras políticas públicas, por exemplo.

"Por isso, a importância de ter na gestão um parceiro que com expertise em atração e promoção de eventos culturais. O Palácio das Artes, por exemplo, que é focado no meio cultural, segundo dados da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, recebe uma média de 210 atividades por mês, com uma circulação de 35 mil pessoas/mês.  Já o Circuito da Liberdade , que é formado por 32 equipamentos culturais entre a Avenida do Contorno e o entorno da Praça da Liberdade, teve mais de 200 atividades mensais e recebeu um público de mais de 200 mil pessoas/mês no ano passado", afirma. "O objetivo social da companhia é justamente otimizar os espaços que estão sob nossa responsabilidade de forma a retornar para a população o melhor serviço possível.”, salienta Thiago Toscano.

No escopo do equipamento cultural, hoje há contrato firmado para gestão da Casa Tombada, local em que funciona o projeto Mineraria e, também, um termo de parceria firmado com a Secult e o  Instituto Filarmônica  para gestão da Sala Minas Gerais. Parceiros privados cuidam apenas dos espaços por eles ocupados.

Sala Minas Gerais

A Sala de Concertos Minas Gerais surgiu com o intuito de inserir o estado no roteiro internacional dos grandes concertos de música erudita. Além de espaço para apresentação de orquestras, a sala já recebeu artistas como Jota Quest, Flávio Renegado e Titane. O projeto arquitetônico foi desenvolvido por Jô Vasconcellos e Rafael Yanni, com consultoria acústica de José Augusto Nepomuceno.

Atualmente, o espaço é usado com frequência mensal de dois concertos por semana, em média. Há, também, disponibilização de locação do espaço para uso de terceiros. Por meio de parceria entre Codemig, Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) e Instituto Filarmônica, a gestão da sala está a cargo da Filarmônica.

A sala foi o primeiro espaço do Centro de Cultura aberto ao público. Arquitetada com alta tecnologia, tem capacidade para 1,4 mil espectadores. O ambiente tem sido palco para apresentações de orquestras nacionais e internacionais, proporcionando oportunidade para intercâmbios musicais e experiências sonoras. Além disso, a área amplia a capacidade de atuação das orquestras mineiras.

O espaço é dotado de áreas de público e técnicas e salas de ensaios individuais e coletivas, além de infraestrutura para gravações de áudio e vídeo, iluminação cênica, pontos de apoio para equipes de televisão, segurança e demais instalações dotadas de acessibilidade.  Ainda possui três pavimentos de garagens, com estacionamento para 500 vagas que atende o público em concertos, diferencial em relação às casas de espetáculos existentes na cidade.

Empresa Mineira de Comunicação

A Empresa Mineira de Comunicação (EMC) chegou ao Centro de Cultura em 2017. O prédio que abriga a Rádio Inconfidência e a Rede Minas de Televisão foi construído com estrutura adequada às atividades de cada uma delas. Além disso, a sede compartilhada auxilia na integração e interação entre as emissoras.

O prédio da Rádio/TV tem 6 mil metros quadrados distribuídos em seis andares e conta com diversos estúdios de telejornalismo, produção e gravação de programas de rádio e televisão com tratamento acústico executado sob medida; doca com estacionamento e espaços de armazenagem de materiais, além de andares amplos e abertos que possibilitam a montagem de escritórios com o mínimo de divisórias.

Mineraria – Casa da Gastronomia

No mesmo ano em que a EMC chegou ao complexo, o imóvel tombado - que ocupa 1,3 mil metros quadrados distribuídos em dois andares - recebeu o projeto Mineraria – Casa da Gastronomia.

Reformado, o espaço possui áreas de cozinha com equipamento industrial e de convivência, balcões e varandas, além de mobiliário completo, doca de acesso às cozinhas e rede individualizada de gás.

Atualmente, a Casa da Gastronomia está concedida a parceiro do setor privado, com contrato firmado até 2028. O foco é o benefício da indústria gastronômica em Minas Gerais por meio da realização de eventos voltados para esse fim. Degustações, comemorações de fim de ano, lançamentos de livros e filmes dentro da temática gastronômica são algumas ações que ocorrem no espaço desde então.

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Crédito da imagem:  Rkieferbaum , CC BY-SA 4.0 , via Wikimedia Commons

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